Em um caso brutal que chocou a comunidade, a cuidadora de idosos Cíntia Ribeiro Barbosa, de 39 anos, foi assassinada por um colega de trabalho após recusar um beijo.
Marcelo Júnior Basto Santos, o suspeito, confessou o crime friamente à polícia, sem demonstrar arrependimento. O crime ocorreu na casa onde Cíntia trabalhava há seis anos, cuidando de um casal de idosos com Alzheimer.
A Confissão Fria e o Crime Brutal
Durante o depoimento, Marcelo afirmou que tentou beijar Cíntia enquanto trabalhavam juntos. Quando ela o rejeitou e lhe deu um tapa, ele reagiu violentamente, aplicando um “mata-leão” até que ela desmaiasse.
Posteriormente, ele tentou impedir que ela escapasse, e quando percebeu que ela tentava fugir, a perseguiu e a matou.
A ex-companheira de Marcelo relatou à polícia que, dias antes do crime, ele também havia tentado estuprá-la, agredindo-a com socos ao resistir.
Esse histórico de violência reforça o perfil perigoso do suspeito, que já havia sido denunciado por violência doméstica em ocasiões anteriores.
Tentativa de Ocultação do Corpo
Após o assassinato, Marcelo tentou ocultar o corpo. Ele jogou o corpo de Cíntia por cima do muro da casa onde trabalhavam, para uma casa desocupada ao lado, com o plano de enterrá-lo ali.
Imagens de câmeras de segurança mostraram Marcelo atravessando a rua para pedir uma pá emprestada a um estabelecimento próximo, na tentativa de encobrir o crime
No entanto, ele não obteve o objeto e, sem alternativa, voltou ao local, onde escondeu o corpo de Cíntia em um ponto pouco visível.
A polícia conseguiu solucionar o caso rapidamente, e Marcelo foi preso em flagrante. Essa agilidade foi crucial para garantir a preservação das evidências e a prisão do suspeito.
Histórico de Violência e Falhas na Contratação
Marcelo Júnior Basto Santos possui antecedentes criminais por violência doméstica, tráfico de drogas e roubo.
Mesmo com esse histórico, ele foi contratado para cuidar de idosos, o que levanta sérias questões sobre o processo de seleção da empresa que o empregou.
A polícia investiga se Marcelo usou documentos falsos ou omitiu informações para conseguir o emprego.
A empresa ainda não foi responsabilizada oficialmente, mas as investigações vão apurar possíveis falhas no processo de contratação, que poderiam ter evitado que alguém com antecedentes de violência ficasse próximo de pessoas vulneráveis.
Cíntia, que havia se casado há apenas oito dias, deixa uma família em luto e revoltada com a brutalidade do crime. Seu anel de noivado foi encontrado na carteira do suspeito, o que reforça o caráter cruel e possessivo de Marcelo.
Ele agora enfrenta acusações de feminicídio, e a pena máxima prevista é de 60 anos de prisão.
Esse caso destaca a importância de critérios rigorosos na contratação de profissionais para cuidar de idosos e outras populações vulneráveis, além de servir como um doloroso alerta sobre a violência de gênero que ainda assola tantas mulheres.